Uma filha perguntou à mãe: “Devo me casar com o contador ou com o militar?” “ Não há o que pensar, minha filha”, respondeu a mãe. “Case-se com o militar, é claro. Esse pessoal sabe cozinhar, arrumar a cama e obedecer a ordens!” Risos à parte, pensemos sobre a história de Jonas (se você ainda não leu, são somente quatro capítulos) é também sobre obedecer – foi justamente o que Jonas não fez. Por quê?
Muitos supõem que ele teve medo dos assírios, conhecidos pela sua crueldade: colocavam os seus inimigos em estacas pontiagudas, cortavam membros de seu corpo, empilhavam crânios, esfolavam pessoas vivas, dilaceravam grávidas, matavam bebês e crianças. Em suma, dá para pensar que Jonas teve medo.
Mas lendo o texto vemos que o profeta deixa escapar o real motivo da sua desobediência a Deus: justiça própria! (Jonas 4:2).
Ele queria que Deus punisse esse povo cruel e que merecia a ira de Deus! Dá até para imaginar Jonas pensando: “Eles são tão maus! Deus tem mais é que destruí-los mesmo! Ele ainda quer que eu pregue para eles? Os assírios merecem sofrer e morrer!”
Jonas queria fazer justiça com as próprias mãos. Deveria ter ficado feliz com o arrependimento dos assírios; afinal de contas, pela sua pregação uma grande cidade voltou-se para Deus, mas não, aborreceu-se e chorou por causa de uma planta! Deu mais valor a ela do que a milhares de pessoas.
Nós muitas vezes nos escondemos atrás da nossa justiça, esquecendo os propósitos de Deus para as situações. Deixamos de amar os outros e de mostrar a luz de Cristo a eles. Que olhemos as pessoas como Deus as vê, e não com preconceito ou julgamento.
A justiça de Deus é infinitamente melhor que a nossa. Sua misericórdia alcança aqueles que não a merecem – inclusive nós.