Conheci o Salmo 1º quando ainda criança. Meu pai e minha mãe costumavam tomar chimarrão pela manhã, junto ao fogão a lenha. Ali no sossego me ensinaram o salmo. Não sei por que, mas sempre tive a ideia de que o salmo tratava de duas crianças. Uma era obediente e vivia limpinha à beira de um riacho de águas limpas, e a outra, desobediente, vivia suja, envolvida na poeira.
Já no começa da adolescência, papai me presenteou no dia do meu aniversário com um exemplar do Novo Testamento e dos Salmos. Fui ler o Salmo 1.
Estranhei, pois não falava em criança. E o que mais chamou a minha atenção foi que o salmista diz: "Bem-aventurado o homem (singular) que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores."
Quando vai falar do caminho dos que não obedecem a Deus, o salmista passa para o plural: ímpios, pecadores. Na minha cabeça de adolescente ficou gravado que no caminho bom ando sozinho, enquanto no caminho dos desobedientes sempre existem muitos.
Concluída a leitura dos salmos, passei para a leitura do Novo Testamento. E no evangelho de Mateus encontrei novamente esta surpresa. Jesus ordena a que se entre pela porta estreita e que se siga também no caminho estreito, que conduz para a vida, pois "larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição" (Mateus 7:14). E Jesus comenta que pouca gente acerta o caminho estreito. Já no caminho largo, que conduz para a perdição, anda muita gente.
Eis aí, diante de nós, os dois caminhos. Somos livres para escolher qualquer um deles, mas não temos a liberdade de escolher os resultados de nossa opção.
Salmos 1:6
O Senhor aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição.
Autor - Helmuth Matschulat
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