Criador - Dan Stevers
Segue o roteiro
Havia um rumor
De que o mundo nasceu em Amor
Antes das estrelas serem vestidas com fogo
Um fio prateado despontou da escuridão
Um feixe de luz anunciou a chama
Um eterno vazio finalmente se rendeu
E, pela primeira vez, o primeiro dos dias
Em armaduras douradas surgiram
querubins flamejantes; senhores das estrelas
Forma sem matéria, pensamento sem peso
Descendo a escada até o mais humilde dos caminhos
E assim o divino tocou a carne, tocou a visão
A raça humana, feita a partir do barro
com mente e mãos para governar
E alma para ver a face de Deus
Mas o vazio não desistiu de reivindicar a sua criança
Aquela antiga rigidez em se humilhar
que por engano e astúcia perversa
Limitou o dom do fôlego do Homem
Assim caíram os Filhos de Adão
Nas covas rasas do Tártaro
Para aguardar sobra a chama da morte
Quando tudo retorna para onde veio
Mas muito antes que o cosmo dançasse
ou que Deus irradiasse sobre o céu
Havia o Amor; o todo em tudo
Deus de Deus, o Verbo proclamado
Tecido de carne, alma e ossos
O Verbo assumiu a forma ferida da humanidade
Para arrancar dali o veneno mortal
E levar sobre si as reivindicações do pecado
Mas a Morte forjaria a sua espada para atacar
O resplandecente calcanhar do Filho do Céu
Essa ferida antiga, ainda infectada
Infligida ao santo.
Ainda assim o pecado, despojado de seu poder
Por suas mentiras e zombarias, foi derrotado
Pois a escuridão não pode vencer
O fogo da coroa da salvação
A Criação, gemendo em sua decadência
Ergueu-se renovada; viva e renascida
O Verbo que chamou a vida das profundezas
Quebrou a vergonha para sempre e sempre
Havia um rumor
De que o mundo nasceu em Amor
Uma verdade dita num sussurro
O Verbo, a Vida, o Ressurreto
Fazendo nova todas as coisas
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