Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo (Marcos 10:43b)
Na escola aprendemos que estrelas são corpos celestes que emitem luz própria, enquanto os planetas gravitam em torno das estrelas e se limitam a receber e refletir a luz delas.
Morando desde pequena numa cidade grande, ver um céu noturno coberto de estrelas não é algo comum para mim, e costumo aproveitar cada chance que tenho de admirar esse espetáculo da natureza.
Não é à toa, portanto, que o termo "estrela" passou a ser usado também para pessoas que se destacam de alguma forma, especialmente nas artes. Essas pessoas são admiradas, imitadas, bajuladas e paparicadas.
Como a necessidade de obter reconhecimento é algo natural no ser humano, ninguém considera a busca por essa admiração como algo negativo. Muitas vezes, ela é até incentivada.
Tiago e João também dever ter sentido essa necessidade (Marcos 10:35-45).
Por isso foram pedir a Jesus que lhes concedesse lugares de honra no céu. Claro que os demais seguidores não gostaram nem um pouco disso.
Talvez tenham pensado:"Ei, eu também mereço esse lugar!"
Mas, como em muitos outros ensinos de Jesus, ele inverte a perspectiva humana: o mais importante é aquele que serve.
Os discípulos estavam vendo só o aspecto externo da vida de Jesus: as pessoas que buscavam sua companhia, a admiração que ele recebia ao fazer milagres. Mas Jesus avisa: se nem ele, o Filho do próprio Deus, tinha como objetivo obter reconhecimento, quanto menos seus discípulos devem agir assim.
Para um seguidor de Jesus, é melhor ser planeta: para este, a luz da estrela é suficiente.
Ele nunca sai do rumo em seu giro constante em torno da estrela, dependendo dela para obter luz, calor e vida.
O máximo que ele faz para brilhar é servir de espelho para refletir a luz da estrela à qual ele pertence.
A luz de Deus é suficiente para que eu me contente em ser planeta?
Lembre-se que sob a luz do sol não adianta tentar ser estrela: nem se verá o brilho dela.
"Onde existe a luz da justiça de Deus, não há lugar para estrelas"
Autora - Doris Korber
Nenhum comentário:
Postar um comentário