segunda-feira, 18 de março de 2024

Convite

 


Conversão
 
"Voltem, filhos rebeldes! Pois eu sou o senhor de vocês", declara o Senhor. "
Jeremias 3:14 

Nesta leitura bíblica, Deus fala com seu povo. Mas o que seria esse “povo de Deus”

É um grupo de pessoas que Deus escolheu, chamou e qualificou para serem seus representantes junto à humanidade. Em particular trata-se dos israelitas, mas desde a vinda de Jesus ao mundo o povo de deus passou a ser a igreja dele, da qual também fazem parte pessoas não-israelitas. 

Hoje Deus convida qualquer pessoa que queira participar desse povo. Esse ingresso no povo de Deus chama-se “conversão’. Ela acontece quando a pessoa reconhece que levar a vida sem a direção do Criador é jogá-la fora – por isso, pede a Deus que restaure a comunhão com ele. 

Como o resultado disso será uma vida totalmente nova, a conversão também é chamada de “novo nascimento”, e Jesus enfatizou a necessidade disso para ganharmos uma vida verdadeira. 
Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". (João 3:3) 

A Bíblia muitas vezes compara o relacionamento entre Deus e seu povo com um casamento: Deus é o marido, o povo é a esposa, e Deus muitas vezes se queixa da infidelidade dessa esposa, entretanto oferece a reconciliação a essa “esposa” infiel e insiste que ela retorne. 

Na verdade, Deus queria que toda a humanidade fosse o seu povo, mas todos nós nos comportamos como ovelhas tolas de um rebanho, que fogem por aí e se perdem. Por isso Deus enviou Jesus que, ao morrer na cruz, assumiu a nossa morte e, ao ressuscitar, pôs aquela nova vida à nossa disposição. “Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós”. (Isaías 53:6) 

Agiu assim como o “bom pastor” que resgata suas ovelhas perdidas. 
"Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?” (Lucas 15:4). 
Entretanto, Jesus lamenta que, apesar de todo o seu esforço, esse seu povo infiel simplesmente não quer retornar a ele. 
 "Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram”. (Mateus 23:37). 

Não sei qual é a sua posição: dentro ou fora do povo de Deus; mas o convite para retornar a ele e permanecer com ele está de pé.

 

Cabe a você dar uma resposta!

 

Conversão não “é só para quem pode” – é para todo aquele que quer e a busca em Jesus.


Autor

Roland Korber







Se aperfeiçoe sempre

 






domingo, 3 de março de 2024

Charles H. Spurgeon

 


Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

Charles Haddon Spurgeon (19 de junho de 1834 — 31 de janeiro de 1892) foi um pregador Batista Reformado, nascido em Kelvedon, Essex na Inglaterra. Converteu-se ao cristianismo em 6 de janeiro de 1850, aos quinze anos de idade. 

Sobre a sua conversão, afirma-se de 1848 a 1850, Charles Spurgeon teve um período de muitas dúvidas e amarguras. Esteve sob grande convicção de pecado. Ficou convicto que não era um cristão de fato, mesmo sendo criado em todo o ambiente religioso de sua família e região, e sobre forte influência puritana e não-conformista. 

Durante o mês de dezembro de 1849, houve uma epidemia de febre na escola de Newmarket. O educandário foi fechado temporariamente, e Charles foi para casa, para Colchester, para estar lá durante o tempo do Natal. Spurgeon a expressou da seguinte forma: “Às vezes penso que eu poderia ter continuado nas trevas e no desespero até agora, se não fosse a bondade de Deus em mandar uma nevasca num domingo de manhã, quando eu ia a um certo local de culto. Dobrei uma esquina, e cheguei a uma pequena Igreja Metodista Primitiva. Umas doze ou quinze pessoas estavam ali presentes (...). O ministro não tinha vindo nessa manhã; suponho que foi impedido pela neve. Por fim, um homem muito magro, um sapateiro, ou alfaiate, ou algo do gênero, subiu ao púlpito para pregar. Pois bem, é bom que os pregadores sejam instruídos, mas esse homem era realmente ignorante. Ele foi obrigado a ficar grudado no texto pela simples razão de que tinha muito pouco para dizer. O texto era - “Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra” (Isaías 45:22). Ele nem sequer pronunciou corretamente as palavras, mas isso não teve importância. Ali estava, pensei eu, um vislumbre de esperança para mim nesse texto.” Depois de certo tempo, o ministro apelou aos presentes que olhassem para Jesus Cristo. Spurgeon olhou para Jesus com fé e arrependimento, tendo Ele como seu Salvador e substituto, e foi salvo. 

Tal era seu amor por Cristo que, apesar de ainda estar com apenas quinze anos de idade, não pôde ficar esperando para depois fazer alguma coisa por Ele, mas teve que procurar os meios pelo qual pudesse servi-lo, e servi-lo imediatamente. 

Aos dezesseis, pregou seu primeiro sermão; no ano seguinte tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Condado de Cambridgeshire (Inglaterra). Em 1854, Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela de New Park Street, Londres, que mais tarde viria a chamar-se Tabernáculo Metropolitano. 

Desde o início do ministério, seu talento para a exposição dos textos bíblicos foi considerado extraordinário. E sua excelência na pregação nas Escrituras Bíblicas lhe deram o título de O Príncipe dos Pregadores e O Último dos Puritanos. 

Com o passar do tempo, Charles Haddon Spurgeon tornou-se célebre, e recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países. Ele pregava não só em reuniões ao ar livre, mas também nos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana. 

Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah. Thomas Spurgeon chegou a pastorear o Tabernáculo Metropolitano 2 anos após a morte de seu pai. 

Os sermões pregados por Spurgeon domingo de manhã, eram publicados na quinta-feira seguinte, (e revisados pelo próprio Spurgeon) e os sermões pregados domingo à noite e quintafeira à noite eram reservados para futura publicação: isso e mais alguns sermões escritos por Spurgeon quando doente formaram um tal acervo que garantiu a publicação semanal até o ano da morte de Spurgeon, (até essa data, 2241 publicados) e dos outros até 1917, totalizando 3.653 sermões publicados divididos em 63 volumes (maior que a Enciclopédia Britânica e até hoje considerada a maior quantidade de textos escritos por um único cristão em toda a história da cristianismo). 

Muitos sermões de Spurgeon eram enviados via telegrafo aos Estados Unidos e republicados lá: depois de 1865, muitos deles foram censurados, pelo fato de Spurgeon ser totalmente contra a escravidão dos negros africanos. Também escreveu e editou 135 livros durante 27 anos (1857- 1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos. (O seu “Tesouro de Davi”, uma compilação de comentários sobre os Salmos, levou mais de 20 anos para sua conclusão). 

Spurgeon enfrentou muita oposição no fim de seu ministério; pelos idos de 1887-1888, ele foi envolvido na que se chamou “A controvérsia do declínio”, quando Spurgeon criticou duramente muitos membros da União das Igrejas Batistas da Inglaterra (do qual ele era afiliado) que estavam afrouxando a sua pregação diante do liberalismo teológico e da Alta crítica ( movimento que invocava a ideia de ser uma acurada investigação da historicidade da Bíblia, mas que na prática negava a Infalibidade e a Inerrância da Palavra de Deus). 

Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Nesse meio tempo, Spurgeon teve sua saúde grandemente debilitada. Desenvolveu, por volta dos 25 nos, Gota e Reumatismo, e grandes ataques de depressão, principalmente depois de 1857, quando um culto realizado em Surrey Garden foi organizado para cerca de 10.000, e devido a um tumulto provocado por um falso alarme de incêndio, levou a morte de 6 pessoas. 

Quanto mais a idade avançava, mais essas enfermidades o debilitavam. Pelo que registrado em suas Biografias, ele teve uma melhora da Gota, mas mesmo dessa forma, nunca esteve em pleno vigor novamente. Sua mulher também tinha graves problemas de saúde, e isso agravava mais ainda a situação. Por diversas vezes, Charles teve que se ausentar de seu púlpito por recomendação médica. Chegou a passar um período de férias em 1864 (quando viajou até a Itália), e depois, muitas vezes, sempre no fim do ano, se hospedava em Menton, Sul da França, pelo clima mais quente que na Inglaterra, e também por recomendação médica. Depois de 1887, foram cada vez mais constantes essas viagens, chegando a passar meses em retiro. 

Nessa época, foi diagnosticado de doença de Bright, uma doença degenerativa e crônica, sem cura. Muitos sermões seus eram lidos, e outros escritos e enviados ao Tabernáculo para leitura, para suprir a falta do pastor. Em 1891, sua condição se agravou mais, forçando Spurgeon a convidar o pastor presbiteriano Arthur Pierson dos Estados Unidos para assumir temporariamente a função principal no Tabernáculo; e Spurgeon ficou em Menton até 31 de janeiro de 1892, quando, depois de alguns dias de melhora de seu estado, houve uma grande deterioração de sua saúde, levando ao óbito nessa data, aos 57 anos. 

O corpo de Spurgeon foi trasladado da França para Inglaterra. Na ocasião de seu funeral – 11 de fevereiro de 1892 – muitos cortejos e cultos foram organizados em Londres, e seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão. Spurgeon está sepultado no cemitério de Norwood, com uma placa que diz: “Aqui jaz o corpo de CHARLES HADDON SPURGEON, esperando o aparecimento do seu Senhor e Salvador JESUS CRISTO”.


Texto retirado do livro - O Escândalo da Cruz
de Charles H. Spurgeon