Lucas 8:26-39
Orientação de Jesus
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"Volte para sua casa e para sua família e conte-lhes
tudo que o Senhor fez por você e como ele foi misericordioso"
Marcos 5:19
Temos como o gadareno algo a ser contado também, não temos?
Vamos aprender como testemunhar do que Cristo fez e está fazendo em nossas vidas.
1 – Primeiro, então, TEMOS AQUI O QUE DEVEMOS DIZER!
Deve ser uma história baseada na própria experiência. “Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti”. Não devem ir para seus lares e começar a pregar. Não devemos começar a selecionar versículos para expor, esforçando-se por convencer as pessoas sobre seus pontos de vista e sentimentos peculiares. Não devem ir para casa, com diversas doutrinas aprendidas recentemente, para tratar de ensiná-las. Ao menos, não lhes é ordenado que façam isso; podem fazê-lo, se desejam, e ninguém se oporá; mas devem ir para casa e dizer não o que creram, mas o que sentiram: o que vocês verdadeiramente sabem que lhes pertence; não as grandes coisas sobre que leram, mas sim as grandes coisas que o Senhor fez por vocês não somente os que viram acontecer na grande congregação, e como grandes pecadores se voltaram para Deus, mas sim o que o Senhor fez por vocês. E observem isto: nunca há uma história mais interessante que aquela que um homem relata sobre si mesmo.
E finalmente, sobre este ponto: sua história deve ser uma história contada por um pobre pecador convencido que não mereceu o que recebeu. “Como teve misericórdia de ti”. Não foi um simples ato de bondade, mas sim um ato de misericórdia imerecida para alguém que se encontrava aflito. Oh, já escutei homens que contam a história de sua conversão e de sua vida espiritual de tal forma que meu coração se aborrece tanto com eles quanto com a sua história, pois contaram seus pecados como se gabando dos seus crimes, e mencionam o amor de Deus sem uma lágrima de gratidão, sem a simples ação de graças de um coração realmente humilde, mas sim, como que se exaltando quando deveriam exaltar a Deus. Oh, quando contemos a história de nossa própria conversão, quisera que o fizéssemos com profunda tristeza, ao recordar o que costumávamos ser, e com grande alegria e gratidão, ao que Cristo fez.
Contem sua história, como pecadores perdidos. Não vá para tua casa, para o teu lar, com um ar altivo, como que dizendo: “aqui está um santo chegando em casa para contar uma história aos pobres pecadores;”, mas vá para tua casa como o pobre pecador que és; e quando entrares, não necessita dizer-lhe que mudaste; as pessoas notarão, talvez te perguntem: ‘que mudança é essa em ti?
“Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti”.
2 – Em segundo lugar, POR QUE DEVEMOS CONTAR ESTA
HISTÓRIA?
Sejam missionários em suas respectivas localidades, e verdadeiros pregadores, ainda que não o sejam de nome. Queridos amigos, por favor, contem esta história quando chegarem em casa. Façam por seu Senhor.
Por acaso pensam que podemos receber tanto e não contá-lo? Quando fazemos algo por nossos filhos, não se espera muito tempo para contar a todo o mundo: “fulano de tal me deu um presente, e me fez tal e tal favor”. E deveriam os filhos de Deus serem omissos em declarar como foram salvos quando seus pés se apressavam para o inferno, e como a misericórdia redentora os arrebatou como tições do fogo? Amas a Jesus! Pergunto-te, então, te recusarás a contar a história de Seu amor por ti? Teus lábios ficarão fechados enquanto sua honra está comprometida? Por acaso não contarás, por onde fores que Deus te amou e morreu por ti? Se nos informa que este pobre homem gadareno “se foi, e começou a falar entre os seus quão grandes coisas Jesus havia feito por ele, e todos se maravilhavam”. Tu deves fazer o mesmo. Se Cristo fez muito por ti, não podes evitá-lo: deves contá-lo.
Acaso podem imaginar a cena quando o pobre endemoninhado mencionado no texto regressou para casa? Ele tinha sido um louco ao ponto de ser necessário prender com cordas; e quando chegou e bateu na porta, imaginem ver seus amigos comentando uns com os outros, em meio a terror, “oh, ali vem ele outra vez’, e a mãe subindo as escadas a toda velocidade trancando todas as portas, porque seu filho que estava perdidamente louco havia regressado; e os pequenos gritando porque sabiam o que esse louco tinha feito antes: como se feria com pedras, porque estava possuído pelos demônios. E poderiam imaginar a alegria, quando o homem disse: “mãe, Jesus Cristo me curou; deixe-me entrar; agora já não sou um lunático!” E quando o pai abriu a porta, lhes disse: “pai, já não sou o que fui; todos os espíritos malignos se foram; já não viverei mais nos sepulcros. Quero contar-lhes como esse homem glorioso que operou minha libertação fez o milagre: como disse aos demônios: “Sai dele” e eles se precipitaram no mar por um despenhadeiro, e regressei para casa são e salvo”. Oh, se alguém assim, possuído do pecado, estivesse aqui hoje, e fosse para casa, para os seus, para contar-lhes de sua libertação, me parece que a cena seria muito semelhante a narrativa bíblica.
Fomos libertos, testemunhe!
3 – COMO DEVE CONTAR-SE ESTA HISTÓRIA?
Primeiro, cante a sinceramente. Não digam mais do que sabem; não contem a experiência de outro, quando devem contar a sua própria. Somente contem a verdade. Contem sua experiência sinceramente; pois talvez uma só mosca no frasco de unguento o estragará, e uma expressão que não seja verdadeira pode arruinar tudo. CONTEM A HISTÓRIA SINCERAMENTE.
Segundo, contem muito humildemente. COMO UM AMIGO E UM FILHO.
Terceiro, conte-a seriamente. Que vejam que vocês estão falando a sério. Não falem de religião; não farão nenhum bem se o fizerem assim. CONTE-A SERIAMENTE.
Quarto, CONTEM COM FERVOR em oração primeiramente.
Não trates de contar a história a nenhum homem enquanto não a tenhas contado a
Deus primeiro. Lute com Deus; se teus amigos não são convertidos, luta com Deus
por eles; e logo descobrirás que é um trabalho fácil lutar com eles por Deus.
Trata, se podes, de reunir-te com eles individualmente, um por um, e conte-lhes
a história. Não tenhas medo; pensa somente no bem que possivelmente possas
fazer. Recorda que quem salva uma alma da morte cobre uma multidão de pecados,
e terá Deus –Salvador, para que em sua família sejas o meio de conduzir a teus
seres amados a buscar e encontrar ao Senhor Jesus Cristo, e então um dia,
quando se encontrarem no Paraíso, um gozo e uma bênção que esteja ali, e que os
teus estejam ali também, para aquele Deus que te fez o instrumento de salvação.
Que tua confiança no Espírito Santo seja total e honesta. Não confies em ti;
não temas confiar nEle. Ele pode te proporcionar palavras. Ele pode
aplicar essas palavras aos seus corações, e capacitar-te para “dar graça aos ouvintes.”
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